Sindiquimica defende banimento do amianto
Embora a ata da sessão da Assembleia Legislativa faça referência à presença de dois diretores do Sindiquimica, ao lado de representantes do sindicato patronal e de assessores do Pólo Petroquímico, o sindicato que representa os trabalhadores, em decisão aprovada em reunião da sua diretoria nesta segunda-feira, 18 de dezembro, nega que a entidade tenha apresentado ou apoiado a proposta de emenda do líder do PT, deputado Rosemberg Pinto. Como se sabe, a emenda libera o uso de estoques do amianto até 2026, sabidamente para atender ao interesse da Dow Química, daí passar a ser chamada nos movimentos sociais pelo banimento do amianto de Emenda Dow.
A posição agora aprovada pela diretoria do Sindiquimica faz jus ao histórico de lutas da entidade, que foi uma das principais responsáveis pelo desenvolvimento da política pública de saúde do trabalhador na Bahia.
O Instituto Trabalho Digno parabeniza o Sindiquimica pela posição externada em sua nota, que em muito fortalece a campanha #VetaRuiCosta em favor do veto ao dispositivo.
Veja a Nota Oficial do Sindiquimica- Bahia
A respeito da repercussão negativa sobre as recentes informações envolvendo o Sindiquímica, esclarecemos que não apoiamos nem propomos qualquer emenda ao projeto de lei aprovado pela Assembleia Legislativa da Bahia (20.985/2014) que autorizou o uso de asbesto. Assim como não apresentamos a nenhum parlamentar qualquer proposta que autorize o uso do produto por quaisquer empresas ou processo industrial. Somos filiados e um dos fundadores da CUT que, junto com seus sindicatos, luta desde os anos de 1990 pela proibição do uso do minério, altamente cancerígeno, no território nacional e no mundo.
Ao longo da nossa história, temos priorizado as lutas em defesa da saúde e segurança dos trabalhadores. Fomos os pioneiros, na década de 80, em denunciar as mortes por uso do benzeno, nas fábricas do Polo Petroquímico de Camaçari e por isso lançamos a campanha “Operação Caça-Benzeno”, que ganhou grande repercussão nacional. Em consequência dessa ação, conseguimos criar instrumentos legais para controle e redução da exposição do trabalhador. Foi por meio de outra campanha: “Não há Lucro que Pague uma Vida” que denunciamos o descaso das empresas do Polo com a saúde dos trabalhadores.
Somos um sindicato cutista signatário da campanha internacional pelo banimento da cadeia do amianto. Seguimos firmes e fortes na luta em defesa da saúde e segurança dos trabalhadores e defendemos o completo banimento do asbesto.
Diretoria Colegiada do Sindiquímica-Bahia
Salvador, 18 de dezembro de 2017
Comments